Calcular consumo de água e de energia também reduz impactos ambientais
Calcular o consumo de água e de energia elétrica de uma obra permite maior controle de custos e aplicação de políticas ambientais em uma construção. A tarefa, no entanto, ainda é uma dificuldade para muitos orçamentistas e engenheiros. O valor do consumo de energia elétrica de um aparelho, geralmente expresso pela unidade kWh (quilowatt-hora), é obtido multiplicando sua potência pelo tempo que será utilizado. As informações são da Votorantim Cimentos.
Como uma obra conta com diversos equipamentos que consomem energia – desde pequenas furadeiras até grandes elevadores –, é necessário listar todos eles e estimar dois dados: por quantas horas serão usados diariamente e quantas vezes serão utilizados ao longo da obra.
Além disso, instalações provisórias do canteiro também consomem energia, como laboratórios, escritórios e refeitórios, e devem ser consideradas nessa matemática. Com essas informações, é possível cruzar os resultados para obter um valor aproximado do consumo de energia na obra. O uso de planilhas é recomendado para organizar a relação de números.
Para calcular o consumo de água, o conceito é o mesmo. Betoneiras e outros equipamentos que consomem água, assim como instalações destinadas à lavagem de peças e outros serviços de limpeza, devem entrar na conta. Novamente, é necessário estimar qual será o consumo de cada item por dia e quantas vezes ele se repetirá durante a obra. O valor costuma ser expresso em metro cúbico (m³), que corresponde a mil litros.
Cisterna
A industrialização do canteiro é um dos conceitos que melhor atende à redução de consumo de água e energia, uma vez que os materiais chegam prontos na obra e racionalizam processos.
Uma alternativa para reduzir gastos de água no canteiro é a adoção de cisternas e sistemas de reutilização de água. É possível ainda especificar equipamentos e materiais mais econômicos quanto ao consumo.
Segundoo consultor de Ecoeficiência da Votorantim Cimentos, Fábio Cirilo, o uso de argamassa industrializada é uma alternativa econômica e também mais sustentável, porque contribui para reduzir os impactos ambientais. Nas argamassas viradas em obra, onde o cimento, o cal e a areia são misturados na obra, ocorre uma perda de até 30% do volume inicial dos insumos em relação à mistura final. Essa redução de volume não acontece na argamassa industrializada, produto mais homogêneo e que dá maior rendimento.
“O uso da argamassa industrializada reduz a emissão de gases de efeito estufa em quase 70% e proporciona uma economia de 30% no consumo de água quando comparada a vida em obra. Somente no Estado de São Paulo, se metade das construções utilizasse a argamassa industrializada, a redução anual do volume de água seria de 1 milhão de metros cúbicos, suficiente para abastecer durante um ano mais de 17 mil pessoas”, exemplifica Cirilo.